segunda-feira, junho 05, 2006

Mais um sábado

O que fazer num sábado de manhã? No Sul de Santa Catarina cada município tem sua rotina característica. Também nos finais de semana ocorrem eventos e promoções que movimentam os moradores das cidades. Algumas destas histórias são contadas nas reportagens abaixo.

Copa do Mundo influencia comércio

Por LORIDANA SATURNINO
De Criciúma

Há uma semana da Copa do Mundo, o verde e o amarelo tomaram conta dos mais variados produtos na região. O Brasil estréia na competição só no dia 13 de junho, mas o clima já contagiou o comércio de Criciúma, por exemplo.
No shopping Della Giustina, a papelaria Mais Presentes tem plásticos para decoração, caixas de presentes, almofadas e enfeites com a bandeira nacional e registra grande procura.
- É o primeiro ano que trabalho com a Copa e estou muito satisfeita – avalia a proprietária Carmem Toi.
Na loja Aquarela Meias, pode-se encontrar calcinhas e camisolas estampadas com a bandeira brasileira. A funcionária da loja, Ruti Teixeira, diz que está vendendo bastante.
- A procura foi grande quando chegou a mercadoria, pois era novidade - confirma.
Os consumidores também podem comprar brincos, pulseiras, colares e até perucas. A proprietária da loja de bijuterias Hatanne, Terezinha Benincá, informa que os produtos do tipo são os mais procurados.
- Durante todo o ano vendemos este tipo de produto, mais como em época de Copa do Mundo a procura aumenta em até 50%, reforçamos nosso estoque para garantir as vendas - salienta a proprietária.
Mesmo agora na estação de outono, os biquínis continuam sendo novidade na loja Lunata Sensualíssima.
- As pessoas estão comprando e mandando para fora do país - falou a vendedora Priscila Boava.
Na loja Geração Esporte, como já era previsto, a procura pelas camisas da seleção é grande.
- Logo quando recebemos as mercadorias, já vendemos - disse a funcionária, Maria Zélia.
Nesta época do ano os lojistas não pensam apenas no estoque de mercadoria, mas também investem em decorações relacionadas à Copa do Mundo. A loja Polimarcas, por exemplo, resolveu investir em suas vitrines. O mais interessante são as bolsas que levam a estampa da bandeira brasileira, incentivando o consumidor a comprar na loja.

Praça Nereu Ramos reúne criciumenses nas manhãs de sábado

Por FILIPE CASAGRANDE
De Criciúma

Tomar aquele chopinho, colocar a conversa em dia com familiares e amigos, olhar as vitrines e as novidades nas lojas, é um atrativo que desperta cada vez mais criciumenses nas manhãs de sábado. O palco para estas opções de lazer é a praça Nereu Ramos.
A cada semana há algo diferente. São apresentações culturais, campanhas de todas as causas, programas de rádio, entre outros. Mas os encontros continuam no coração do centro econômico de Criciúma.
Para a professora, Janei Madelon, 37 anos, é quase sagrado dar uma volta na praça pela manhã.
- Se eu não venho pra cá, sinto que faltou algo no meu final de semana, e não retorno ao meu trabalho, na segunda feira, descansada - conta.
Para o representante comercial da Condor, Ricardo Pereira, 35 anos, o sábado é o momento de reunir com a família.
- O trabalho da semana é cansativo, por isso aproveito para acordar cedo no sábado, pegar minha família e circular aqui no calçadão, até pra ficar a par do que acontece na cidade - diz.
Seja homem ou mulher, novo ou velho, trabalhador ou aposentado, o sábado na praça Nereu Ramos, é local de encontro e lazer para todas as famílias.

Comércio tem maior movimentação num sábado de manhã

População reserva este horário para fazer compras ou cuidar da casa

Por MARCO ANTÔNIO MENDES
De Tubarão

Para as pessoas que trabalham durante a semana ou, mesmo aquelas que por algum motivo possuem o tempo mais livre, a manhã de sábado é um dia sagrado para que o centro da cidade de Tubarão esteja com uma grande movimentação. São muitas as pessoas que deixam para fazer compras, pagamentos ou mesmo passear e apreciar o movimento.
O gerente do supermercado Giassi, Luiz Carlos dos Santos, diz que, indiscutivelmente, sábado é o dia em que se percebe o maior movimento, conseqüentemente é o dia de maior faturamento. Ele acredita que, mesmo com o supermercado funcionando no domingo, as pessoas deixam para resolver determinadas atividades neste dia por não possuírem compromissos com o trabalho e aproveitar que todo o comércio está funcionando.
A circulação de pessoas e sua vontade de comprar começa a partir das nove e meia da manhã, quando, não há datas especiais em que todo o comércio fica aberto durante o dia inteiro. O gerente da Multisom, Valci Freitas Filho, apesar de achar o sábado essencial para as vendas no comércio, não é a favor de que isso aconteça freqüentemente.
- Para a nossa loja, abrir todos os sábado o dia todo seria muito bom, pois venderíamos mais, mas devemos pensar que tanto eu, quanto os funcionários temos que ter um descanso, afinal, sábado faz parte do fim-de-semana - admite o gerente completando que uma vez por mês já é o suficiente para satisfazer os clientes e sua loja.
Mas as pessoas não fazem só compras num sábado de manhã. Muitas preferem ficar em casa se reorganizando da semana que, para muitos, é corrida. O professor Santos Cruzeta revela que gosta de dormir um pouco até mais tarde e ajeitar a bagunça que fica da semana que passou.
- Raramente vou ao centro da cidade. Prefiro pôr em ordem minha casa e, se necessário, fazer algumas compras ou pagamentos.
O contrário faz a aposentada Dalva Oliveira que mesmo possuindo um tempo menos apertado durante a semana, prefere ir fazer compras no sábado de manhã, assim como toda a sua família.
- É uma possibilidade de encontrar pessoas conhecidas porque muitas fazem compras neste horário. Na minha família ninguém fica em casa no sábado de manhã disse a aposentada.
Quem não fica muito contente são os funcionários das lojas que trabalham neste período. A vendedora da loja Multisom, Karine Holthausen acredita que mereceria um descanso neste horário para fazer o que achar necessário também.
- Acredito que o sábado é essencial, porque é quando vendemos mais, mas apesar de ganharmos folga durante a semana, eu gostaria de ter um tempo para poder organizar outras coisas que tenho de fazer - conta Karine.
Além das compras, há quem estuda, há aquelas pessoas que dormem a manhã toda para repôr as horas de sono perdida durante a semana por causa da rotina movimentada, outras fazem caminhadas pela beira-rio ou rápidas visitas a algum amigo ou familiar. O sábado de manhã ainda é um horário muito importante na vida das pessoas, mesmo para aquelas que simplesmente atendem quem tem este tempo livre.

Construindo uma vida nova

Por FRANCIELE FERNANDES
De Içara

O jovem içarense Dioni Luiz sofreu uma acidente grave de trânsito na noite de 16 de dezembro de 2005, quando ia em direção ao Balneário Rincão – Içara, com três amigos, um dia antes de sua formatura do terceirão.
A parte do corpo mais atingida foi seu rosto. Foram necessários mais de 150 pontos cirúrgicos para reconstruí-lo. Além disso, seus olhos sofreram com o impacto da colisão causando deslocamento da retina do olho esquerdo. A cegueira era o destino do jovem Dioni Luiz.
Somente uma cirurgia em caráter de urgência poderia mudar seu destino. Graças a uma grande mobilização a cirurgia de reconstituição da retina foi realizada com enorme sucesso pela equipe do oftalmologista Henrique Packter, em Florianópolis.
Atualmente, o jovem içarense encontra-se em perfeita recuperação e vai poder, graças a ação de solidariedade, continuar apreciando toda a beleza da vida.
Quem abraçou a causa foi a União das Associação Comunitárias de Içara (Uaci), juntamente com as empresas, Bunge, Primor e Giassi, que fizeram 900 camisetas. A renda das vendas foi revertida para ajudar Dioni e até o momento 800 já foram vendidas.
O presidente da Uaci Gentil da Luz diz que foi muito bom ajudar uma pessoa que merece e precisa da ajuda de seus amigos.
- Vivemos nesse mundo para ajudar o próximo, por isso abracei essa causa e fui até o fim. Fiquei comovido quando fui à casa dele e vi a situação em que o nosso amigo se encontrava. Um jovem de apenas 21 anos, e com a vida toda pela frente não poderia ficar sem ver, uma coisa que deus nos deu de tão precioso - declara emocionado.
Gentil também destacou a importância que foi para ele ajudar Dioni.
- De todas as pessoas que eu ajudei, essa foi em especial, nunca imaginei que iria me comover com a situação, fiquei impressionado como a comunidade abraçou a causa e foi até o fim, uma cirurgia que custou R$ 6.500,00, e os próprios amigos pagaram - destacou.
O acidente e a ajuda que recebeu da comunidade mudaram a vida de Dioni.- Depois do acidente minha vida mudou muito. Passei a dar valor nas coisas que eu tenho. Descobri quem são meus amigos de verdade e em quem posso confiar. E sou muito agradecido por tudo que eles, meus amigos de verdade fizeram e estão fazendo por mim, aprendi também que não devemos criticar as pessoas sem ao menos conhecê-las, pois foram essas pessoas que eu criticava que me ajudaram, ou melhor me deram uma vida nova - conta emocionado.
No dia dia 28 de maio, na Lagoa do Giassi – Içara, foi realizada a Campanha nota 10, a ação beneficente em prol de Dioni Luiz. As pessoas que compraram a camiseta para ajudar com a cirurgia participaram de um almoço.

Medo entre taxistas de Araranguá

Por JOAQUIM SANTOS
De Araranguá

Sempre prontos para atender a um chamado, os taxistas deslocam-se a qualquer dia e hora aos lugares mais distantes. Transportam em seus veículos, pessoas desconhecidas e muitas vezes perigosas. E em um desses chamados, mais precisamente na noite do último dia 29 de abril em Araranguá, foi assassinado de forma brutal o taxista Oracides Feltrin, 61 anos, mais conhecido como “Rachide”. Ele foi morto a golpes de pedra e em seguida teve seu corpo queimado por dois passageiros, naturais do Paraná, detidos duas horas após cometerem o crime.
O fato ocorrido deixou todos os taxistas da cidade apreensivos. Jorge Machado Godinho, 47 anos, que está há 18 na profissão e trabalha no Ponto do bairro Cidade Alta, diz que o nervosismo aumentou nos últimos tempos.
- Tenho vontade de abandonar de vez a profissão, pois cada vez que saio para fazer uma corrida, meu coração dispara, é a minha vida que está em jogo - comentou.
Ele reforçou ainda que o seu medo aumenta muito mais quando tem que fazer seu trabalho à noite.
- Nos próximos seis meses eu creio que será mais difícil fazer a chamada corrida noturna, pois este acontecimento é muito recente ainda, e isso mexe muito com a questão psicológica, não só minha, mas de todos os meus colegas - disse.
Com o crescimento da população, a violência na cidade tende a crescer, como acontece em todo o Brasil. Rachide sente que este problema está aumentando.
- Há uns 15 anos, fazíamos nossas corridas sem problema algum, hoje vivemos com receio, temendo sempre o pior. Araranguá é um bom lugar para viver, porém já não é mais a mesma - falou.
Nas chamadas noturnas é que a preocupação toma conta, não só destes profissionais, mas também de seus familiares. Vilmar Bresser Gonçalves, 53 anos, disse que sua esposa não consegue dormir ao pensar que ele está sujeito a sofrer alguma agressão, mesmo sabendo da experiência do marido que está há 25 anos no ramo.
- Ela reza para que nada de mal aconteça comigo novamente, já que no ano passado sofri um assalto. Antes mesmo de eles entrarem no carro, senti que estavam com más intenções, porém eu não tinha certeza, por isso não podia voltar atrás. Renderam-me com uma arma de fogo, colocaram-me para fora do veículo e golpearam minha cabeça violentamente até que desmaiei, quando acordei, não mais os vi e fiquei desesperado, sozinho em um local completamente deserto, foi horrível - falou.
Gonçalves era amigo do taxista assassinado e conta que quando recebeu a notícia pela manhã, achou tratar-se de uma brincadeira de mal gosto.
- Na hora não acreditei, pois na noite do crime estivemos juntos, de plantão aqui no Ponto. Para mim foi um choque, tínhamos uma amizade de longa data e eu não poderia jamais imaginar que horas depois ele seria morto da forma covarde, como foi - salientou.
O mais jovem taxista do local, Vanderlei Silveira Triches, 23 anos, tem pouco tempo de serviço e já pensa em trocar de profissão.
- É duro você trabalhar pensando na possibilidade de sair de casa e não voltar mais, sofrer uma violência tão grande, ou mesmo ser morto, como aconteceu mês passado com o nosso colega. Medo é palavra que mais se encaixa no nosso cotidiano - disse.
Hoje, Araranguá possui 27 pontos de táxi espalhados pelos bairros e a maioria dos veículos não possui nenhum sistema de blindagem ou segurança eficaz contra assaltos ou atentados semelhantes, o que faz aumentar ainda mais a desconfiança e o medo entre os taxistas.

Campeonato de surf agita Laguna

Por DENISE MAURÍCIO SILVA
De Laguna

Com muito sol e boas ondas, a praia do Mar Grosso em Laguna recebeu mais uma edição do Circuito Brasileiro Feminino de Bodyboard. A segunda etapa foi realizada na cidade no último dia 27 de maio.
O campeonato, que contou com a organização da atual campeã catarinense, a lagunense Juliana Pacheco, foi um sucesso em número de inscritos e muitas atletas novas nas categorias de base. Esta etapa contou com a presença da gaúcha Ana Paula Portela.
A edição foi uma grande surpresa para a Presidente da Federação Catarinense de Bodyboarding Juliana Pacheco.
- Foi surpreendente, pois não sabia que iria ter tantas inscrições, estou muito feliz por acreditarem em nosso esporte - comenta.
A estudante de Educação Física Giuliana Domingues, de 19 anos, conseguiu a primeira vitória da carreira ao vencer a Categoria Iniciante.
- Eu ainda nem acredito que venci, estou muito emocionada porque comecei a treinar a pouco mais de dois anos e já consegui esse resultado é maravilhoso sentir o gostinho da vitória - disse.
A segunda etapa do circuito definiu ainda o novo calendário do Campeonato Sul Brasileiro que tem data prevista para o mês de setembro no Estado do Rio Grande do Sul. O campeonato será organizado pela Liga Gaúcha de Bodyboard.

Confira os resultados da etapa da Laguna
Iniciante Feminino
1º Giuliana Domingues
2º Andiara Fernandes
3º Luciana Menezes

Open Feminino

1º Gabriela Araújo
2º Ana Paula Portela
3º Eveline Mussi

Premiação
Iniciante
1ºLugar: troféu +kit
2ºLugar: Troféu +kit
3ºLugar: Troféu +kit


Open
1º Lugar:R$700,00 reais+troféu +kit
2º Lugar:R$500,00 reais+troféu+kit
3º Lugar:R$300,00 reais+troféu + Kit

sexta-feira, junho 02, 2006

Curso de Gestantes idealiza qualidade de vida

Por TAÍS FERNANDES
De Içara

Humanizar a assistência à gestante, recém nascido e familiares visando melhorias na qualidade de vida. Esse é o objetivo do Curso de Gestantes do Hospital São Donato (HSD), de Içara. O curso, que é um projeto da administração da instituição, enfermeiros, psicóloga, obstetras e pediatras, foi apresentado na Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) onde foi bem aceito pelos profissionais da área.
A gerente de enfermagem do HSD e uma das idealizadoras do projeto, enfermeira Edna Rodrigues, explica que o curso será ministrado durante as quatro quartas-feiras do mês. Em cada uma serão abordados temas relacionados à gestação e a saúde do bebê e da mulher, desde a concepção até após o parto.
Na primeira quarta-feira as gestantes serão orientadas sobre os aspectos psicológicos, nutricionais e os primeiros sinais de gravidez. Na segunda etapa serão ministradas palestras sobre a saúde bucal e os primeiros sinais do parto. Durante a terceira etapa um pediatra dará ênfase nos cuidados com a saúde e segurança do bebê. Um fisioterapeuta também estará presente falando sobre exercícios físicos e respiração das gestantes.
No último dia de curso as gestantes irão conhecer a área física do Hospital, e as salas por onde deverá passar quando a hora de seu parto chegar. A enfermeira Luciane da Silva destaca a importância dessa etapa:
- Depois de se familiarizar com as instalações da área obstétrica do hospital a gestante passará a se sentir mais segura e tranqüila por já conhecer os procedimentos feitos em tais locais.
Além das gestantes o curso também estará aberto para as pessoas aptas a acompanharem o parto, no caso, o pai do bebê ou um parente próximo da gestante. A gerente de enfermagem conta que uma nova lei, que entrará em vigor a partir de junho, dá o direito à futura mãe de ter um acompanhante na hora do parto.
- O ideal é que a pessoa que estará no dia do parto também faça esse curso para além de ajudar a gestante, ficar a par de tudo que estará acontecendo - disse Edna.
- Muitas pessoas que participam dos processos normalmente ficam com medo da mulher estar passando por dores muito forte e pedem que outras medidas sejam tomadas. É importante que essas pessoas saibam que é natural que um parto seja dolorido e demorado - finaliza a enfermeira.
A administração da instituição luta para conquistar o título Hospital Amigo da Criança, pensando também nesse lado o curso fará várias orientações na tentativa de reduzir as cesáreas, o que conta como ponto positivo na busca do título. Dados passados pelo hospital mostram que o número de partos foi de aproximadamente 4.200 partos nos últimos cinco anos, atualmente são em média 86 partos por mês. Destes 57,88% são normais e 42,16% são cesáreas, sendo que este número é muito elevado em relação ao índice de cesárea preconizado pelo Ministério da Saúde.
As palestras serão ministradas, inicialmente na sala de reuniões do HSD.

Um prêmio inusitado


A Brasília, que não é amarela, mas faz tanto sucesso em Meleiro quanto aquela. Padre Heriberto a dirigiu até os 93 anos

Por LAURA MEZARI
De Meleiro

O bingo promovido pela Paróquia Nossa Senhora da Glória de Meleiro. poderia ter sido uma promoção como outra qualquer, a não ser por um detalhe: o primeiro prêmio foi um veículo Brasília, do ano de 1978. E foi o prêmio que atraiu o público para o evento que foi realizado no salão paroquial da cidade na última sexta-feira (26/5).
O padre Aguinaldo Zuchinalli, que está na paróquia há 1 ano e 5 meses, contou a história do carro-relíquia. O veículo pertencia ao padre Heriberto Borguet, que faleceu em 25 de fevereiro de 2002, aos 93 anos. Estava aposentado, mas até que a saúde permitiu, prestou serviços à paróquia. Quando jovem, antes de iniciar os estudos, padre Heriberto tocava gaita nos bailes e assim, juntou dinheiro e comprou algumas terras.
- Mais tarde ele vendeu a gaita, as terras e um cavalo para entrar no seminário e virar padre - disse padre Aguinaldo.
Foi quando estava a serviço na comunidade de São Francisco, município de Nova Veneza, que a Brasília entrou na vida de padre Heriberto. Ela foi doada por três famílias locais. Depois de São Francisco, padre Heriberto serviu à igreja do município de Ermo, vindo em seguida para Meleiro, onde ficou até seu falecimento.
Padre Aguinaldo contou algumas passagens curiosas da vida do velho padre.
- Ele era conhecido como o padre ‘soja’. Cuidava muito da sua alimentação e incentivava as outras pessoas a consumirem produtos naturais, pois acreditava ser fator essencial para uma vida longa e saudável. Desde jovem, sua saúde era muito frágil, mas padre Heriberto viveu até os 93 anos e a comunidade acredita que os cuidados com a alimentação adotados pelo mesmo influenciaram nisso.
Outro fato curioso foi um prêmio que ele ganhou ao conseguir a maior colheita de milho em um menor espaço de terra: um trator, que depois acabou vendendo para construir sua residência em Meleiro.
- Ele precisava de uma casa para morar, pois sempre recebia muitas visitas - explicou padre Aguinaldo.
- A competição aconteceu ainda quando o padre estava em São Francisco, por volta dos anos 70 - conta Ladi Ugioni Presa, filha de Líbero Ugioni, morador da comunidade, que cedeu as terras ao padre, para que ele fizesse uso de acordo com sua vontade. Ela não se recorda da extensão da terra, nem da quantidade colhida pelo padre, mas o fato é que ele foi o vencedor.
O falecido padre foi um grande incentivador da Pastoral da Saúde na paróquia. A comunidade o lembra com muita saudade, pois era uma pessoa muito carinhosa, querida e atenciosa.
Por esse motivo, o veículo do padre, que ficou para a paróquia após o seu falecimento, era muito cobiçado. Todos queriam comprá-lo, devido ao seu valor afetivo.
- As pessoas associam o veículo à imagem do padre. Para não contrariar ninguém, a paróquia decidiu colocá-lo como prêmio no bingo promovido com o objetivo de arrecadar fundos para a reforma do centro Pastoral, onde acontecem as aulas de catequese, cursos e formação de lideranças.
Segundo Lírio Dal Molin, integrante da Comissão Pastoral, foram vendidos cerca de mil bilhetes, ao custo de dez reais cada um.
- Além da Brasília, havia mais nove prêmios, como televisão, bicicleta e telefone celular - diz.
Padre Aguinaldo declarou que o evento foi um sucesso e atribui isso ao carisma do antigo padre.
- Não esperávamos que a comunidade tivesse uma presença tão expressiva. Nós, da organização estamos muito felizes, pois nossos objetivos foram alcançados. As pessoas compravam os bilhetes e declaravam que queriam ajudar a igreja - mas também queriam ganhar o primeiro prêmio. Durante o sorteio, todos, desde crianças até os mais velhos, torciam para serem contemplados com a Brasília do padre.
Mas como o ganhador só pode ser um, o felizardo, agora dono da tão disputada Brasília, é Douglas Milioli, de 12 anos. Por ironia ele não poderá dirigir o veículo até completar 18 anos. Perguntado sobre o que ele fará com o prêmio, falou que ainda não sabe, porque é um prêmio que tem um valor sentimental muito grande e é difícil colocar um preço.
- Por enquanto, ficará muito bem guardada.”

Biblioteca Universitária, uma opção de estudo.

Por DANIÉLI ANTONELLO
De Tubarão

Para se manter atualizado nada melhor do que a pesquisa e o estudo. Mesmo que isso signifique passar o sábado de manhã dentro de uma bilbioteca. Na Unisul, de Tubarão, o movimento é pequeno, mas importante para quem comparece.
Segundo a balconista, Carine Setefam, a movimentação de pessoas durante os dias de semana fica em torno de 1.200, sendo na segunda – feira o maior fluxo. Já no sábado a quantidade de pessoas que freqüentam a biblioteca não chega a 100, e a maioria dos estudantes é dos cursos que tem calendário especial, mais especificamente História e Letras.
- No sábado tanto pela parte da manhã como na parte da tarde, a biblioteca faz no máximo 30 empréstimos, a maioria das pessoas que vem até aqui é para entrar na Internet - relata Carine que trabalha na biblioteca durante a semana inteira há mais de três anos.
Para a estudante da quinta fase de Geografia, Lílian Suzete Magalhães, é ótimo a biblioteca abrir durante o sábado, porque nem todas as pessoas têm tempo de pesquisar ou estudar durante a semana.
- Eu trabalho todos os dias, fica difícil ter que conciliar trabalho, estudo e casa, ao mesmo tempo. No sábado eu sempre estou aqui na biblioteca, seja pra pesquisar, fazer trabalhos e até entrar na Internet.
Sendo a biblioteca um lugar calmo e tranqüilo para os estudos a acadêmica do segundo semestre de Ciências Contábeis, Luciana Viel, a utiliza como local de estudo.
- Trabalho a semana inteira e estudo à noite, no sábado eu venho até a biblioteca para pesquisar e estudar, pois em casa não consigo me concentrar, sempre tem algo para fazer, e acabo não estudando nada.
Já a estudante do sexto semestre de Sistemas de Informação, Daniela Freitas, raramente frequenta a biblioteca, pois utiliza a internet para os trabalhos acadêmicos.
- “Hoje vim até a biblioteca porque tenho um livro atrasado, os dias foram passando e eu acabei me esquecendo, quando vi já tinha se passado uma semana do prazo estabelecido, mas para pesquisa ou até mesmo estudo eu não venho - justifica.
Além de a biblioteca proporcionar aos alunos e comunidade horários especiais, e um vasto volume de materiais, oferece ainda um laboratório de informática, onde os alunos da Unisul podem usar durante uma hora, e a comunidade em geral durante meia hora.
O operador e assistente de máquinas, Daniel de Medeiros Matos, confirma que o fluxo de pessoas durante a semana supera o de sábado.
- Durante os sábados o público que procura o laboratório é mais a comunidade, que chega ser em torno de 80%, sendo desde crianças a adultos. Os alunos da Unisul são raros, só se for para mandar e-mails ou algo do tipo, sendo aqueles que não tem Internet em casa.
Matos comenta ainda que muitas pessoas vão até o laboratório para entrar em fotologs, MSN, orkut, e até mesmo para jogar (no caso das crianças).
- Estes programas não são permitidos aqui na biblioteca, pois é um lugar para pesquisa e não para diversão. Já tivemos sérios problemas quanto a estes programas. Quando isto acontece pedimos para o internauta sair e explicamos que aqui é proibido, caso ele persista convidamos a pessoa a se retirar do laboratório - comenta.
A biblioteca universitária está aberta todos os dias, das 7h30min às 10h45min e aos sábados das 7h30min às 17 horas. Mais informações podem ser obetidas pelo site www3.unisul.br/paginas/setores/bu/BUvirtual/index.html ou pelo telefone 3621 – 3030.

Pássaros causam interdição em escola de Orleans

Por EDNILSON PERDONÁ
De Orleans

A greve dos professores nas escolas públicas mantidas pelo Estado de Santa Catarina passa de um mês com mais de 5 mil professores apoiando o movimento e seus milhares de alunos sem aula. Mas, em Orleans na Escola de Educação Básica Toneza Cascaes, os cerca de 55 professores estiveram parados e os mais de 1.200 alunos sem aula por três semanas por um outro motivo: a grande população de pombos.
Uma denúncia encaminhada à promotoria pública foi determinante para que a Vigilância Sanitária fechasse a escola por tempo indeterminado.
No prédio onde as aulas acontecem, centenas de pombos-correios vivem no telhado e estão causando problemas de saúde aos alunos do estabelecimento.
O bioquímico e diretor da Vigilância Sanitária de Orleans, Dalmo Michels diz que “a medida adotada pelo órgão se justifica para evitar maiores problemas de saúde aos educandos, pois vários casos de alergia envolvendo crianças e adolescentes que freqüentam à escola foram registrados pelo posto de saúde”.
Vários alunos do estabelecimento já enfrentaram problemas gerados pelos pombos que vivem no forro das salas onde as aulas são realizadas. A estudante da sétima série, Patrícia Spricigo conta que ficou 15 dias em tratamento médico e usando medicamentos para curar uma alergia provocada pelos pássaros.
- Na sala de aula o meu braço foi tocado por um piolho que deixou a minha pele tão irritada que fui parar no hospital - lamenta.
A situação também deixou os professores preocupados com a saúde dos seus alunos. Além de piolhos, os pássaros também defecam sobre os estudantes. Segundo a professora de Ciências, Elizandra Leandro, “a convivência com os pombos sobre as salas de aula causa dificuldades para a gente manter os alunos concentrados no conteúdo, pois a qualquer momento eles podem ser atingidos pelas fezes dos pássaros que vivem e tem filhotes no forro da construção. Por isso a medida adotada pela Vigilância Sanitária interditando a escola vai evitar constrangimento para todos nós”, justifica.
A interdição obrigou a direção da escola a buscar uma solução para o problema.
- Diante da dificuldade e com as atividades suspensas na nossa escola, nós da direção em conjunto com a Associação de Pais e Professores decidimos substituir o forro das salas de aula e tampar os lugares por onde estes pássaros tinham acesso e permanência no ambiente - justifica o diretor Geraldo Zanini.
Agora, com o problema resolvido as aulas no educandário que funciona há 42 anos em Orleans foram reiniciadas na segunda-feira (29/5). Os dias que os alunos ficaram sem aula, serão compensados e para isso, diz a direção, uma reunião com os professores acontecerá na próxima semana para encontrar uma alternativa.

Vinte e seis livros lançados em 2006

Por ARTHUR LESSA
De Criciúma

Diz um velho ditado que a realização na vida depende de escrever um livro, ter um filho e plantar uma árvore. Só neste ano, pelo menos 26 criciumenses cumpriram uma das tarefas. Em média, são lançados na cidade cinco livros por mês. O número é inferior a média de 2005 que chegou a quase sete novos títulos por mês.
- Hoje em dia é raro uma semana que não tenha lançamento de livros, a região é o segundo maior pólo literário do Estado, atrás apenas de Florianópolis - afirma Ronaldo David, vice-presidente da Academia Criciumense de Letras.
Segundo David, o interesse pela literatura, tanto por parte dos leitores como dos escritores, cresce significativamente há cerca de cinco anos. Ele acredita que isso se deve ao trabalho de popularização da leitura que vem sendo desempenhado pela Academia. Este trabalho consiste em auxiliar os autores, divulgando os livros, organizando os lançamentos e fazendo revisões e prólogos.
- Leio religiosamente todos os originais enviados - afirma.
Existem na cidade autores que não necessitam integralmente de auxílio da organização para lançarem seus livros por já terem uma identidade consolidada como escritores. São exemplos o jornalista Archimedes Naspolini Filho e o professor Gesiel Gonçalves. O objetivo é dar esta notoriedade para outros autores da região.
- Já houve uma grande evolução. Não é mais necessário fazer 'bocas-livres' nem gastar muito com publicidade para conseguir público nos lançamentos - explica David.
Outra iniciativa da academia para motivar os futuros escritores é o concurso literário, que ocorrerá, neste ano, pela sétima vez. A cada dois anos, o evento premia exclusivamente autores inéditos. No ano passado, a escritora estreante escolhida, entre 13 concorrentes, foi Beatriz Leal Vieira, com a obra Ao Som do Seu Nome, que será publicado ainda este ano.

LIVROS MAIS PROCURADOS

Qualidade de Vida e Saúde (2003), Teruo Watanabe: O médico acumpunturista Teruo Watanabe ensina como prevenir doenças, atenuar os sintomas das já existentes e melhorar a qualidade de vida. A obra se divide em 21 tópicos como, por exemplo, equilíbrio emocional e respiração adequada;

Estas Ruas Que Pisamos (2005 - 3ª Edição), Archimedes Naspolini Filho: Assumidamente apaixonado por Criciúma e, principalmente, por sua história, o autor apresenta aos criciumenses a origem das ruas de nossa cidade e a história de quem dá nome a elas. A primeira edição do livro é de 1986 e a segunda de 1997;

Como Parar de Engordar e Emagrecer com Qualidade de Vida e Saúde (2005), Teruo Watanabe: O livro tem o objetivo de apresentar os comportamentos criados pela sociedade e conscientizar as pessoas quanto às respostas orgânicas do corpo a ela. São abordados na obra 50 fatores que contribuem para o ganho de peso.

A História de Araranguá, Nova Edição (2005), Paulo Hobold. O autor chegou na cidade das avenidas em 1956, e logo se apressou em pesquisar a história da cidade, e em 1994 lançou a primeira edição do livro A História de Araranguá, que descreve fatos desde o início da cidade até 1930. Declarou abertamente seu desejo de que fosse feito um segundo volume da obra. O historiador Alexandre Rocha aceitou o desafio, complementando, atualizando e contextualizando a obra de Hobold.

quinta-feira, junho 01, 2006

Entrevista coletiva

Os textos que seguem abaixo foram feitos a partir de uma entrevista coletiva com os jornalistas Andressa Fabris e Sandro de Mattia. Ambos atuam como assessores de imprensa e foram convidados para falar sobre a experiência profissional e mercado de trabalho.

Comunicação Empresarial: uma área em crescimento

Por DANIÉLI ANTONELLO

O tema assessoria de imprensa atrai a atenção dos acadêmicos de Jornalismo. A constante preocupação com o futuro profissional motiva a busca por informações sobre esta área que está em crescimento. E foi com o objetivo de conhecer o mercado que um grupo de estudantes de jornalismo da Unisul, em Tubarão, realizou uma entrevista coletiva com a jornalista e proprietária da Empresa Alfa Comunicação Empresarial, de Criciúma, Andressa Fabris e seu colega de profissão, o também jornalista Sandro de Mattia.
Andressa,formada pela UFSC, e Mattia, formado Unisul de Tubarão, começaram suas atividades jornalísticas cedo. Andressa contou que seu primeiro trabalho foi em dezembro de 1993, no Jornal da Manhã, em Criciúma. Já Mattia partiu direto para a Rádio Eldorado, mas ambos acabaram se apaixonando por assessoria de impresa, cuja área estão atuando.
Eles falaram sobre o papel da comunicação empresarial que é estabelecer uma ligação de notícias e fatos com os meios de comunicação, utilizando a assessoria de imprensa, edição de jornais, relatórios, promoções, editoração, releases, websites, design, planejamento de marketing e organização de eventos.
- Não trabalhamos juntos, mas temos o mesmo foco, o mesmo fim - relata Andressa, quando questionada sobre as formas de trabalho que um assessor deve prestar.
- Um assessor ou uma empresa de comunicação, presta serviços à comunidade, tem o objetivo de passar informações e notícias. No meu caso, como assessor de imprensa de um político, tenho o objetivo e o dever de repassar a resposta para o público interessado, ou seja, como homem público na mídia, a informação do que acontece ou do que acontecerá com ele é meu dever informar as pessoas para que elas possam ter acesso á essas informações – relata Mattia.
Durante a entrevista, surgiu a dúvida e a diferença entre um jornalista e um publicitário, já que Comunicação Social tem essas duas habilitações.
Mattia relata que um jornalista jamais pode mentir, não que um publicitário precise mentir, mas que o jornalista não pode afirmar que um determinado prédio é melhor do que outro sem ter provas concretas do que está passando para o público. Já no caso do publicitário, ele pode falar sim que este é o melhor prédio, pois o trabalho dele é a propaganda, e como o velho e bom ditado diz “propaganda é a alma do negócio”.
Andressa e Matta relataram ainda que o mercado de trabalho nesta área é muito amplo.
- O que precisa ter é capacitação profissional, ir atrás de especializações e cursos para que assim possamos fazer um bom trabalho - concordaram.

Visão de quem é profissional


Por DAIANE CHAVES

Comunicação empresarial e assessoria de imprensa são áreas em que um jornalista pode atuar.
A jornalista Andressa Fabris, formada em 1994, sempre trabalhou com assessoria de imprensa e hoje é proprietária da Alfa Comunicação Empresarial. Ela salienta as vantagens de prestar serviço a outras empresas. Uma delas seria o vínculo empregatício.
- Tendo a própria empresa se tem a liberdade de assumir outros trabalhos. Quando se é funcionário registrado tens que trabalhar única exclusivamente para aquela empresa. O que também acontece muitas vezes é que as tarefas não são bem definidas e você acaba executando funções e atividades que não são de seu domínio, tendo que deixar de lado trabalhos importantes que são de responsabilidade do assessor – diz.
Sandro de Mattia também é Jornalista, e já teve a oportunidade de atuar em diversas áreas da profissão. Atualmente é assessor de imprensa do deputado federal Jorge Boeira (PT-SC). Ele comenta que a relação do jornalista com o publicitário deve ser a melhor possível, pois os dois se complementam, cada um deve fazer o seu trabalho sem invadir o espaço do outro. Também fala das atribuições que o jornalista tem ao assumir a assessoria de uma pessoa pública.
- Sem dúvida a população tem muito mais interesse com o que acontece na vida deles do que de uma empresa ou pessoa desconhecida. Por isso a imagem que ele passa é essencial, e a obrigação do jornalista é deixar informado todo aquele que se interessar por suas ações, sem mentir nem ocultar nada, a verdade e a clareza entre o contratante e o prestador do serviço devem ser o ponto principal - explica
Quanto ao que eles acham da teoria que é repassada para os acadêmicos de Jornalismo, são categóricos em dizer:
- Não existe prática sem teoria e nem teoria sem prática.

Um novo caminho para o jornalismo

Por LORIANE KRUGER

Há menos de vinte anos mal se ouvia falar em assessoria de imprensa e muito menos em comunicação empresarial. Na década de 90 com a chegada da globalização as empresas se modernizaram e hoje, trabalhar na comunicação empresarial tem sido o caminho de muitos jornalistas, mas é sabido que o sonho da maioria dos universitários é encarar a redação de um grande jornal diário e a rotina de entrevistas, fontes e pautas.
Para a jornalista Andressa Fabris, que atua como assessora de imprensa, a experiência da redação foi de grande importância na sua carreira, mas garante que não sente falta da sua fase repórter.
- Conheço o ritmo, os horários e as pessoas nas redações e isso facilita muito o meu trabalho, mas o estresse de uma redação é sem igual - lembra.
O jornalista Sandro de Mattia, também trabalha como assessor de imprensa e seus principais clientes são políticos. Em épocas de grandes coberturas como eleições a vontade de estar na redação é grande.
- Aprendi a conviver com este conflito que é superado pela qualidade de vida. A vida de repórter é desgastante - diz.
Apesar das opiniões divergentes sobre o trabalho no jornalismo diário seja de rádio, tv ou impresso, percebe-se que a assessoria de imprensa trata-se de uma nova oportunidade para os jornalistas.
Com um ritmo de trabalho mais tranqüilo, menos improvisado e também exercendo e colocando em prática muito do que foi visto nos bancos das universidades. Segundo Andressa, é preciso pensar numa carreira de jornalista empresarial, já que o mercado, principalmente da região Sul, não comporta todos os profissionais em redações.

Sobre a Assessoria de Imprensa

Por LORIDANA SATURNINO

A Assessoria de Imprensa é uma das três subdivisões das atividades de Assessoria de Comunicação (sendo as outras duas Relações Públicas e Publicidade & Propaganda). Sua principal tarefa é estabelecer ligação direta entre uma entidade e a mídia.
A Assessoria de Imprensa trata da gestão do relacionamento entre uma pessoa física, entidade, empresa, órgão público e a imprensa. No Brasil, os profissionais que desempenham a função de Assessoria de Imprensa costumam ter formação em Jornalismo. Em outros países, a função não é reconhecida como jornalística, e sim como de relações-públicas. A assessoria de imprensa, cada vez mais, faz parte de um conjunto de atividades relacionadas à comunicação organizacional e que pode incluir comunicação interna, relacionamento com clientes, marketing, publicidade, internet.
- Uma das coisas que exigi, quando estava fazendo o planejamento de uma empresa, foi que eu não iria entrar na parte de publicidade e de marketing. Poderia, no máximo, orientar o cliente a contratar uma agência de publicidade - contou a jornalista e proprietária da Alfa Comunicação, Andressa Fabris.
- Hoje o cliente tem que ter a comunicação integrada. Não pode contratar uma assessoria de imprensa e dispensar a publicidade, ou contratar a publicidade e não ter a assessoria de imprensa – completa.
Uma Assessoria de Imprensa trabalha para um assessorado, que pode ser um cliente particular ou uma instituição. O interesse pela assessoria, em geral, é determinado pela geração de informações de interesse público.
- O assessor de imprensa por ser jornalista formado, ele sabe quais são as informações que o repórter de redação precisa saber – disse o jornalista Sandro de Mattia, que assessora o deputado federal Jorge Boeira (PT)
- Quem se forma em jornalismo e já quer ser assessor de imprensa, vai ter a função de falicitar o relacionamento do cliente com o público através dos veículos de comunicação e não somente a função de um jornalista. Vai ter que buscar outras áreas para complementar o conhecimento de jornalismo – falou Andressa.
- Hoje a assessoria de imprensa é uma ferramenta estratégica para a comunicação em geral- contou.
A prioridade de uma assessoria de imprensa é facilitar o trabalho dos jornalistas. Muitas vezes, entretanto, a maior preocupação está em dar visibilidade aos clientes.

sábado, maio 27, 2006

O dilema de trocar a redação pela assessoria

Por ARTHUR LESSA

Divulgar, denunciar, investigar. Estas, entre outras, são metas de qualquer jornalista que trabalhe como repórter em uma redação de jornal, rádio ou televisão. Para estes profissionais o trabalho é apaixonante, mesmo com remunerações normalmente baixas. Mas atualmente cresce uma categoria de jornalistas que abdicaram da rotina de ‘detetives’ para se tornarem assessores de imprensa. A ocupação já sofreu bastante preconceito, mas nos últimos anos tem mostrado sua importância e credibilidade. Destacam-se na região, por exemplo, os jornalistas Sandro de Mattia e Andressa Fabris.
Sandro de Mattia iniciou a faculdade de jornalismo em 1995, na Unisul de Tubarão, enquanto trabalhava no setor metalúrgico. Fez seu primeiro estágio, no Jornal do Sul, escondido da mãe, pois ainda estava empregado na indústria. Logo após este episódio, largou o emprego e dedicou-se ao jornalismo. Trabalhou no Jornal da Manhã e por um ano fez o programa Sul Positivo na RBS TV Criciúma.
Mattia diz que sente saudades de trabalhar numa redação, mas escolheu ir para a assessoria pois os horários são fixos e oferece uma melhor qualidade de vida. Ele começou na prefeitura municipal de Nova Veneza, logo depois trabalhou na prefeitura municipal de Criciúma durante o mandato de Décio Góes, inclusive durante o processo de cassação ocorrido logo após ser reeleito para o cargo, no fim de 2004. Atualmente ele trabalha como assessor de imprensa tanto na área empresarial, na Construtora Fontana e Sinduscon, quanto na política, com o deputado federal Jorge Boeira (PT-SC), e diz que não tem medo de ficar com seu nome vinculado ao partido.
- Quando você faz um trabalho sério, você ganha credibilidade. O problema é quando o assessor tenta ser marqueteiro, mas isso compete ao publicitário - afirma Sandro.
Segundo ele, a principal diferença entre assessorar uma empresa ou uma pessoa pública é que quando se trata de um político, por exemplo, ele deve instruir o cliente em como falar e se portar, além de abrir caminhos para este nos veículos; com uma empresa, o profissional deve cuidar da comunicação interna e, principalmente, externa, mas em nenhum dos casos pode tentar vender o produto.
Andressa Fabris é formada em jornalismo desde 1994, pela UFSC, e já trabalhou na Fucri (atual Unesc), no Jornal da Manhã, Tribuna Criciumense, ambos de Criciúma e na rádio Difusora de Içara. Desde 2003 focou o seu trabalho exclusivamente na área de assessoria. No ano passado ela fundou sua segunda empresa de assessoria, a Alfa Comunicação Social, e tem atualmente sete clientes, entre eles CDL, Shopping Della Giustina e Rio Deserto. Além de fazer o contato entre o cliente e os meios de comunicação, a empresa faz balanços sociais, informativos entre outras publicações. Além das assessorias, responde por uma coluna sobre economia do jornal A Tribuna. Isto não a atrapalha, pois ela procura separar bem as duas ocupações, não favorecendo seus clientes nem dando notícias de primeira mão sobre eles.
Andressa diz ainda que não pretende voltar às redações.
- Não me acho apta a voltar às redações de jornal pois, ao cobrir uma pauta, verei com outros olhos.
Mas mesmo assim, afirma que é importante para um jornalista passar por lá, pois é onde ele aprende o que a teoria não ensina. Além de saber como funciona para saber como se relacionar com os veículos.
- Ainda existem muitas empresas que não dão muita importância para a assessoria e contratam para o cargo pessoas que não são da área. Estas pessoas, além de não ter conhecimento de quais informações são importantes e como devem ser passadas, não tem experiência pra saber que passar release na hora da reunião de pauta ou no fim da tarde é um bom caminho para queimar o filme - assegura.
Ela também acha que as faculdades deveriam dar mais espaço para a assessoria de imprensa na sua grade curricular.

Comunicação Empresarial em alta

Por TAÍS FERNANDES

O jornalismo empresarial é uma área da Comunicação Social que cresce com intensidade. Profissionais que entram nesse caminho passam a ser um misto de jornalista e publicitário com a única diferença: cria imagem, mas não usa argumentos publicitários para isso.
Dois conhecidos assessores de imprensa, da região, são Andressa Fabris e Sandro de Mattia. Ela, formada pela Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc) e ele pela Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), seguiram a mesma linha profissional e se dedicam à área de assessoria.
Andressa, já trabalhou em outros meios de comunicação e hoje é dona da Alfa Comunicação Empresarial, prestando serviços a oito empresas, entre elas as empresas Rio Deserto. Mattia concilia a assessoria da Construtora Fontana e do deputado federal Jorge Boeira (PT-SC).
Em entrevista coletiva na última semana, os dois jornalistas falaram sobre a importância da teoria que é passada aos profissionais quando acadêmicos, e da prática que se adquire quando estes entram no mercado de trabalho.
- Não existe um bom prático sem a teoria. Os dois se complementam - disse Mattia.
Questionados sobre a divulgação da verdade independente da situação, os jornalistas falaram da importância de nesses casos sentarem com os clientes (assessorados) e conversarem sobre o assunto em questão.
- Em todos os momentos teria e tem que se mostrar a verdade - declarou Andressa.
Os dois explicam que o ideal para sair de um possível escândalo é divulgar até onde a história relatada nos meios de comunicação é verdade e tentar sair por cima na situação corrigindo os erros.
A credibilidade do jornalista é algo sempre colocado em questão, seja para os leitores, ou para quem contrata seu serviço. Na opinião de Andressa a credibilidade do assessor de imprensa se constrói enviando material para divulgação, de acordo com cada meio, pautas específicas para TV, rádio e jornal impresso.

Um novo mercado para jornalistas da região

Por SILMAR WELTER

As empresas da região estão abrindo espaço para o trabalho do assessor de imprensa. Esta é a opinião dos jornalistas Andressa Fabris e Sandro De Mattia. Os dois trabalham assessorando empresas de vários setores. Eles foram os convidados da entrevista coletiva com alunos da terceira fase do curso de Comunicação Social, da Unisul. A intenção do encontro foi conhecer melhor esta nova oportunidade que o mercador vem oferecendo aos profissionais.
Para Andressa, é um espaço que começou a se abrir para os profissionais da área de Comunicação Social somente na última década. Ela e outras duas jornalistas foram pioneiras na criação de uma empresa de assessoria, a EPA Comunicação, em Criciúma, em 1994. Depois de passar por redações de jornais, sem nunca ter abandonado a função de assessora, Andressa Fabris retornou à assessoria empresarial. Hoje tem duas funcionárias, também jornalistas, que fazem parte da equipe que presta serviço para sete empresas da região, incluindo um shopping e empresas mineradoras.
- Não tenho a menor vontade de voltar para uma redação - responde, quando perguntada sobre o dia-dia das redações de jornais.
Opinião diferente tem Sandro De Mattia. Segundo ele, o conflito entre ter uma remuneração melhor, com finais de semana e feriados e o ´cheiro da redação´, de tempo em tempo, aparece em sua cabeça. Mattia também atua como assessor de um político, o deputado federal Jorge Boeira (PT-SC). Segundo ele, pode-se trabalhar com um político sem comprometer a própria credibilidade e sugere que é preciso fazer o político “sempre falar a verdade, acima de tudo. E o assessor e nunca se filiar a nenhum partido”.
Para os dois jornalistas, o importante é saber que, mesmo na função de assessor, o profissional pode se realizar. Mas julgam necessário passar por redação de algum veículo para saber exatamente o que interessa aos editores e que de forma vender o produto para cada meio de comunicação.

O futuro do jornalismo está na assessoria de imprensa

Por ALEX CICHELA

No mundo atual onde transmitir informações é fundamental para o desenvolvimento de uma empresa, a assessoria de imprensa entra como peça importante na execução deste trabalho. Pertence a ela a atribuição de levar ao conhecimento público as ações de uma empresa, sejam elas de interesse político, social, religioso, comercial, financeiro e outros que necessitem de respaldo na opinião pública.
A jornalista Andressa Fabris e o jornalista Sandro de Mattia contaram em uma entrevista coletiva, como é o andamento e funcionamento de uma assessoria de imprensa. Andressa formou-se na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e iniciou a carreira no Jornal da Manhã, de Criciúma, onde trabalhou na editoria de economia. Passou também pela rádio Difusora, de Içara. Atualmente possui uma empresa de assessoria a Alfapress e também assina uma coluna no jornal A Tribuna.
Sandro de Mattia começou sua vida como metalúrgico. Formou-se no curso de jornalismo na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). Trabalhou também no Jornal da Manhã, seguindo então para a rádio Eldorado e rádio Ulha Negra, ambas de Criciúma. Atualmente é assessor de imprensa do deputado federal Jorge Boeira (PT-SC) e também da Construtora Fontana.
Em uma empresa de assessoria, todos os ramos de atividades são potenciais clientes, mas os principais são empresas de pequeno e médio portes, já que muitas delas não sabem ao certo como funciona a atividade e apenas têm uma idéia geral sobre a divulgação de seus produtos.
Sendo assim um ponto importante levantado por ambos os jornalistas, foi que: para trabalhar em uma empresa de assessoria o jornalista precisa ter uma grande credibilidade em seu meio. Mattia afirmou que para ser um bom assessor de imprensa não basta apenas saber a teoria aprendida em sala de aula, mas que a prática também vale muito. O jornalista torna-se mais ágil para livrar-se de problemas do dia-a-dia.
Então pode ser possível sair da faculdade e ir direto para uma assessoria? Sim, foi o que os entrevistados disseram, mas a convivência em uma redação torna o jornalista mais conhecido dando a ele mais credibilidade em seu meio.
Quando perguntada se fazia algum tipo de pesquisa antes de começar a fazer a assessoria de uma empresa Andressa respondeu que um jornalista sempre sabe com que tipo de empresa esta lidando.
Um ponto também muito levantado na coletiva foi o fato de como um assessor mostra os problemas de seu cliente. Sandro por ser assessor de um deputado foi questionado a respeito de como tratar caso houver algum problema com seu cliente, e novamente ele levantou o ponto da credibilidade do jornalista.
- Mesmo que o problema com o cliente seja de extrema dificuldade é de responsabilidade do assessor passar toda a verdade para a imprensa, pois o ele tem obrigação com a verdade – disse.

Bom trabalho resulta em credibilidade

Por FRANCIELE FERNANDES

A experiência profissional e maneiras de lidar com o homem público (políticos) foram assuntos que dominaram a entrevista coletiva do jornalista Sandro de Mattia. Acompanhado da colega de profissão Andressa Fabris, ele falou por mais de uma hora para os alunos da terceira fase de Jornalismo da Unisul de Tubarão.
Mattia também esclareceu para alguns estudantes, o que é assessoria de imprensa. Ele disse que se trata da gestão do relacionamento entre uma pessoa física, entidade, empresa, órgão público e a imprensa.
Ele também assumiu uma posição na polêmica sobre quem deve fazer a Assessoria de Imprensa: se é o jornalista ou o relações públicas.
- É o jornalista quem deve ocupar esse cargo, pois conhece e presencia a vida do jornal diário, sabe como lidar com a imprensa e órgãos públicos – destacou.
Mattia também lembrou a importância da ética e da credibilidade que se conquista, sendo um ótimo profissional.
- Já trabalhei para vários políticos de vários partidos e nem por isso deixo de ser parcial, pois minha credibilidade eu conquistei, e não quero perder. Tenho ética e faço o possível para que os outros olhem meu trabalho como um profissional, e não como uma marionete - explicou.
- Apesar de a imagem ficar marcada como assessor de certo partido, ou de certo político, não deixo de fazer minha parte, já trabalhei para muitos políticos, de vários partidos, e não sou taxado como anti-ético, pelo contrário faço a minha parte. Se o político não colaborar, eu caio fora - acrescentou.

A estratégia do Jornalismo na divulgação de empresas e pessoas públicas

Por MARCO ANTONIO MENDES

A assessoria de imprensa é um dos campos do Jornalismo que atualmente cresce muito. As pessoas públicas e as empresas estão cada vez mais sentindo a necessidade de manter uma relação direta e ostensiva com a imprensa.
Para o jornalista este é um grande desafio já que deve saber de praticamente tudo o que está relacionado ao seu cliente. É uma das áreas mais estratégicas dentro desta profissão. Deve-se pensar em como fazer para divulgar alguém e, além de exercer o seu trabalho, deve-se, também, ter noções de administração, caso tenha desejo de montar sua própria empresa. Este, por exemplo, é o caso da jornalista Andressa Fabris que trabalha como assessora de imprensa há 13 anos, mas somente no ano passado resolveu criar a Alfa Comunicação Empresarial. Segunda a profissional, ela ainda é contratada por seu nome, mas quer mudar esta situação ganhando e creditando em sua empresa todo o seu trabalho e de seus funcionários.
O jornalista Sandro de Mattia, que também trabalha com assessor de imprensa, não acredita que esta seja uma área de promoção de determinada empresa ou pessoa pública, pois o papel do assessor é manter uma boa relação com as mídias e informá-las sobre o que ocorre com o cliente. Mattia diz que pessoas públicas costumam ganhar mais espaços na imprensa.
- Geralmente os jornais publicam mais notícias relacionadas a pessoas públicas porque é de interesse de grande parte dos leitores. Para as empresas é um pouco mais difícil divulgar suas atividades, pois alguns setores da mídia vêem isso como publicidade.
O grande debate envolvendo a assessoria de imprensa com Jornalismo ou Relações Públicas fica evidenciado de uma maneira clara tanto por Andressa Fabris quanto por Sandro de Mattia. Ambos acreditam que este é um papel do jornalista, pois o assessor deve divulgar a imagem do seu cliente e manter um contato com a imprensa. Quem faz Relações Públicas tende a manter um relacionamento direto para com outras empresas ou pessoas.
Diante da tradição do jornalismo de pagar baixos salários, o trabalho em Assessoria de Imprensa pode ser um pouco mais rentável. Para Andressa e Mattia esta é uma das áreas da profissão que mais se pode ter uma vida tranqüila e menos corrida, se comparada com a de um repórter. Andressa confessa que não sente falta de uma redação de jornal e Mattia ri, dizendo que o salário é um pouco maior.

segunda-feira, maio 22, 2006

Assessoria de Imprensa: jornalistas x relações públicas

Por FILIPE CASAGRANDE

A importância da área de assessoria de imprensa para os jornalistas e para os acadêmicos vem crescendo a cada dia. Foi pensando nisso, que a aula de Técnicas de Reportagem, Entrevista e Pesquisa Jornalística 2, promoveu uma entrevista coletiva com jornalistas da área e acadêmicos do terceiro semestre de jornalismo da Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul. Os entrevistados foram Andressa Fabris e Sandro de Mattia.
Andressa Fabris, formada pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, em 1994, é proprietária atualmente na Alfa Comunicação Empresarial, e presta assessoria e planejamento de comunicação para diversas empresas, entre elas o shopping Della Giustina, empresas Rio Deserto e Câmara do Dirigentes Lojistas – CDL. Ela já teve passagem em diversos setores da mídia, entre eles, Jornal da Manhã e a Rádio Difusora de Içara, onde foi coordenadora de redação. Em sua empresa faz questão de frisar que não faz markenting.
- Eu optei em não concorrer com potenciais parceiros, como agências de publicidade. Divido bem o markenting com o jornalismo - explica.
Boa parte dos cursos de jornalismo não têm uma matéria específica para preparar o acadêmico para ser um assessor de imprensa e na visão de Andressa Fabris isso é um erro.
- A teoria da universidade não ensina a vender os argumentos. Sendo frila, ou tendo uma empresa, tu tens que vender teu argumento, de que a tua matéria é a melhor - disse.
Sandro de Mattia, entrou no jornalismo em 1995 na Unisul. Teve passagens pelas assessorias de imprensa das prefeituras municipais de Içara, Nova Veneza e Criciúma. Está há quatro anos como assessor de imprensa da Construtora Fontana e recentemente na assessoria do deputado federal Jorge Boeira (PT-SC). Para ele é mais fácil atrair a mídia atrai para o homem público porque representa uma entidade.
O perfil ideal de um assessor de imprensa, é aquele que conhece a redação dos jornais, rádios e televisões, pois é para eles que um assessor deve fazer a matéria.
- Tua relação com um repórter de redação ajuda muito na tua credibilidade. É fundamental. Antes de conquistar o leitor, tu tens que conquistar quem vai escrever a matéria - afirma Mattia.
As funções do assessor de imprensa têm sido discutidas na Câmara dos Deputados em Brasília. Há uma disputa entre os formados em Jornalismo e Relações Públicas. Para Andressa, essa atribuição precisa ficar com os jornalistas.
- O perfil de um assessor de imprensa é um pouco de relação pública e de jornalistas. O cara do jornal respeita mais o jornalista que o relações públicas. A formação do RP tem foco em liderança, comunidade e relacionamento com o público. Já a formação do jornalista tem mais proximidade com a redação de jornal, rádio e TV - finaliza.

Assessoria de Imprensa: trabalho para jornalista

Por EDNILSON PERDONÁ

A assessoria de imprensa deveria ser realizada somente por jornalistas profissionais que através da universidade buscam o conhecimento técnico para desempenhar bem essa função e servir a sociedade com notícias relevantes à sua informação e formação.
Entretanto, essa proposta apresenta-se na prática empresarial e política da região de modo contraditório. O que vemos são órgãos públicos contratando profissionais desqualificados tecnicamente para prestar esse serviço e ainda gerando dificuldade para a inserção de novos jornalistas no mercado de trabalho.
Porém, somente contratar o profissional não garante o espaço do cliente na mídia. Isso também vai depender da atuação do contratante, seu relacionamento social ou de sua empresa fazer algo que mereça destaque nas páginas dos jornais.
Mas, qual notícia desperta maior interesse na mídia? Para o jornalista Sandro de Mattia, assessor do deputado federal Jorge Boeira (PT-SC), a mídia tem mais interesse na informação relacionada à atuação ou comportamento do político. Notícias relacionadas ao homem público ganham mais facilmente espaço nos jornais e outros veículos de informação.
- O projeto de um deputado ou sua omissão diante de um problema enfrentado pela população ganha as primeiras páginas - diz.
Mattia, que já prestou assessoria para políticos do PT, PP e atualmente além do deputado Boeira, assessora um empresário ligado ao PMDB de Criciúma, diz ainda que no exercício da profissão, o jornalista precisa ter o cuidado de não se identificar com posturas pessoais do cliente e nem filiar-se a partidos políticos, pois, ao encerrar o contrato de trabalho poderá perder espaço e prestigio profissional.
- O jornalista também precisa estar atento e atualizado sobre os acontecimentos que envolvem seu cliente. Para isso a informação e a verdade sobre os fatos precisam ser uma prática diária na vida do profissional - considera Andressa Fabris, jornalista e sócia da empresa Alfa Comunicação empresarial. Os jornalistas também afirmam que assessoria de imprensa deve ser prestada a empresários ou políticos por jornalistas.

Redação antes de assessoria

Por JOAQUIM SANTOS

Durante entrevista coletiva aos acadêmicos do terceiro semestre de jornalismo, os jornalistas Sandro de Mattia e Andressa Fabris falaram sobre uma tendência atual na profissão: a Assessoria de Imprensa. Os jornalistas, que trabalharam em vários veículos de comunicação no Sul do Estado, hoje dedicam-se exclusivamente ao trabalho de assessoramento para empresas e pessoas públicas. De Mattia é assessor do deputado federal Jorge Boeira (PT-SC) e da Construtora Fontana. Já Andressa, é proprietária de uma empresa do setor, a Alfa Comunicação, que presta serviço de mídia training, planejamento de comunicação empresarial externa, interna e marketing.
Vários questionamentos foram feitos pelos alunos do curso e uma das perguntas mais freqüentes foi com relação a possibilidade de uma acadêmico recém formado ingressar diretamente em uma assessoria sem antes passar por um veículo de comunicação, como o jornal, por exemplo. De Mattia foi enfático ao opinar a respeito. Disse que a experiência adquirida em uma redação é primordial.
- Você sai da universidade com uma fundamentação teórica muito boa, porém é preciso conhecer, vivenciar o dia-dia de um veículo para descobrir os melhores horários, o momento certo de trabalhar com o repórter - salientou.
Andressa destacou a necessidade do bom relacionamento com os editores.
- É necessário que haja acima de tudo, cumplicidade, compreensão e amizade com os profissionais do jornal, para que suas matérias sejam veiculadas sem problema - ressaltou.
Ela disse ainda que a chave principal para o sucesso nessa área é a credibilidade, demonstrar e passar confiança às pessoas e ao seu público alvo, os repórteres de redação, trabalhar com total transparência e jamais filiar-se a qualquer partido político.
Terminada a entrevista coletiva, Andressa Fabris e Sandro De Mattia falaram do projeto idealizado por eles, criado para aproximar ainda mais a classe jornalística da região, com palestras, debates e conversas informais a respeito da profissão. O Fórum de Debates em Jornalismo ocorre em dias marcados pelos próprios jornalistas. Maios informações podem ser obtidas no blog www.alfapress.blogspot.com.

Profissão: assessor de imprensa

Por LAURA PERUCHI

- Não há ferramenta mais estratégica no jornalismo do que a assessoria de imprensa.
Essa é a opinião do assessor de imprensa Sandro de Mattia, exposta em entrevista coletiva ao terceiro semestre do curso de Jornalismo, realizada na Unisul. Juntamente com a também assessora Andressa Fabris, os dois responderam às diversas dúvidas e indagações dos alunos.
Para Andressa, a universidade deveria dar mais espaço para a assessoria.
- É um mercado em ascensão, um ambiente alternativo. Até porque não há redações suficientes para absorver o número de jornalistas formados - diz ela, que trabalha há 12 anos na área e tem uma empresa de comunicação empresarial, com clientes como a Câmara de Dirigentes Lojistas de Criciúma e o Shopping Della Giustina, entre outros.
- É uma área com um ritmo mais tranqüilo do que as redações - declara De Mattia, que já trabalhou em assessorias de prefeituras como Içara e hoje assessora o deputado federal Jorge Boeira (PT-SC), além da Construtora Fontana e do Sindicato da Construção Civil. Apesar de se levar uma vida mais calma, ele diz que o aperfeiçoamento deve ser constante:
- É preciso buscar a reciclagem; a teoria é fundamental – recomenda
- A assessoria facilita o relacionamento do cliente com o público através da mídia. É preciso estudar marketing, planejamento estratégico e comunicação estratégica – acrescenta Andressa.
Perguntado sobre o fato de a imagem de um assessor político ficar marcada para trabalhos posteriores, Mattia foi sincero – o jornalista corre o risco, sim, de ser taxado de partidário, porém, é possível reverter o quadro.
- O que dá o diferencial é a forma de atuação junto aos veículos e a credibilidade adquirida. Dessa forma, é fácil contornar a situação.
Ele ainda dá a dica:
- Nunca se filie ao partido de seu assessorado e não defenda a ideologia do partido como verdade de profissão.
O assessor ainda disse que é mais fácil emplacar notícias sobre o homem público, o político, do que o empresário.
- O homem público precisa dar respostas à comunidade, por isso a mídia sempre vai dar mais atenção a ele.
Os jornalistas concordam que a carga teórica adquirida na universidade é fundamental ao exercer a profissão – apesar de a prática não seguir tais ensinamentos à risca.
- Precisamos ser um pouco vendedores. É necessário argumentação para convencer o cliente da estratégia e para vender a pauta aos veículos. Isso não é ensinado na faculdade – concordaram.
Os dois ainda declaram que a passagem por uma redação é primordial.
- Você até pode trabalhar em uma assessoria sem ter passado por uma redação, mas essa experiência é importante para pôr em prática tudo que se aprende na universidade - acredita Mattia.
E já que o assunto era redação, foi perguntado se eles têm saudades de seus tempos como repórteres. Andressa foi enfática:
- Não tenho saudades da redação. Eu gosto da assessoria.
Mattia prefere a assessoria por trazer mais conforto. Entretanto, foi nostálgico ao falar do corre-corre dos jornais:
- Sinto saudades da correria, do cheiro de café, do cheiro de tinta, do cheiro da redação.

Produsul 2006

Os textos que seguem abaixo foram produzidos no dia 13 de maio de 2006 e referem-se a rotina de trabalho e show da Produsul 2006. A pauta que os estudantes seguiram pode ser conferida no primeiro post com data de 13/5.

Publico quer Red Hot Chilli Peppers ou U2 em 2007

POR MARCO ANTONIO MENDES

Em época de Produsul, o grande assunto em rodas de jovens e adultos é, com certeza, os shows que acontecerão e animarão a maior feira-festa do Sul de Santa Catarina. Com uma programação musical bem variada, levando em conta as várias faixas etárias, a feira, este ano traz nomes bem conhecidos do público e outros nem tanto, dando a oportunidade de divulgar e atrair os curiosos que desejam conhecer algumas das bandas.
O empresário Antônio Mendes, que assistiu no sábado o show da banda internacional Creedence, achou a feira bem organizada e segura, principalmente por haver policiamento ao seu redor e, até mesmo, dentro da área de realização das apresentações.
- O que faz com que as pessoas tenham, talvez, vontade de retornar outras vezes, durante o evento - disse.
A acadêmica do curso de Publicidade e Propaganda da Unisul, Talita Zomer, diz que vai a quase todos os shows, principalmente das bandas de rock, seu estilo musical preferido. Para ela, a cada ano que passa o evento se supera.
- Cada vez mais a Produsul traz apresentações que atraem de verdade o público. Está diversificada, mas atende, principalmente o público jovem - conta a universitária que já foi no show da Pitty e do Rappa e pretende ir no Reação em Cadeira e CPM22.
Mas como as opiniões sempre são muito diferentes, há pessoas que gostariam de ver mais criatividade na escolha dos espetáculos. A universitária Fernanda Florêncio achou a feira muito interessante e original, porém as atrações musicais não a agradaram tanto.
- Dizem que uma pesquisa é realizada para saber que shows o público deseja assistir, mas infelizmente nenhum me deu vontade de ir, quem sabe no próximo ano façam uma pesquisa maior - sugere.
Apostas já estão sendo cogitadas sobre as atrações que supostamente poderiam vir à cidade em 2007. Na Internet, segundo o site de relacionamentos, Orkut, as opiniões são bem diversificadas, mas as mais citadas são as bandas de rock como Charlie Brown Jr, Engenheiros do Havaí, além de Jota Quest e Nenhum de Nós. Inimigos da HP representa as bandas de pagode mais lembradas. Existem também, os sonhadores, que pensam em trazer para Tubarão Red Hot Chilli Peppers e U2.
De acordo com os organizadores, os contatos para as apresentações da próxima edição da feira-festa começam com quatro meses de antecedência da sua realização.

quarta-feira, maio 17, 2006

Segurança e limpeza dão trabalho

POR GIOVANNI COSTA

Aberta nesta sexta-feira (12/5), a Produsul dá um passo ousado. Nesta edição de 2006 serão dez dias de festa e nomes como Pitty, O Rappa, Bruno e Marrone fazem parte da lista de shows nacionais que se apresentarão durante o evento. No entanto, a atração mais esperada é o show internacional da banda Creedence Clear Water Revisted, clássico do rock nos anos 80, que trará a cidade de Tubarão, visitantes de vários Estados do país.
Para garantir a segurança do evento, a policia militar local estará atuando com aproximadamente sessenta e nove alunos policiais, estes que se formarão em setembro, além do policiamento normal. Já dentro do Centro de Convenções Adhemar Paladini Ghisi, local onde ocorre a Produsul 2006 e a terceira Feinco – Feira da Indústria e Comércio, a organização contratou uma equipe de 150 seguranças, que se revezam dia e noite. Os proprietários das barracas que trabalham ao redor da festa, também mostram preocupação com a segurança. O desempregado Ademir Guasselli cuida de uma dessas barracas.
- Eu começo a cuidar quando eles fecham. Hoje cheguei às 5h30min e só vou sair as 18 horas quando o dono voltar para trabalhar - disse.
Guasselli ressalta também que “esse trabalho mesmo sendo por pouco tempo, já ajuda a garantir um dinheiro para sustentar as minhas duas filhas pequenas”.
Dentro do centro de eventos o trabalho também não pára.
- Quando os shows acabam é quando começamos a trabalhar - afirmou Maria Aparecida Aguiar da Silva, de 50 anos, que trabalha há 15 anos na limpeza do local onde acontece a Produsul.
- Encontramos de tudo, dinheiro, brincos e até alianças - relatou Aparecida.

Trabalho garante comida na mesa

POR TAÍS FERNANDES

Enquanto milhares de pessoas se preparam para aproveitar as atrações da Produsul 2006 outras tantas vêem nessa festa uma oportunidade de ganhar uma grana extra. Segundo o site da festa o evento gera mais de 20 mil empregos diretos. Nessa estatística entra o desempregado Ademir Guasselli, de 50 anos.
Sem emprego há quase quatro meses, Guasselli foi contratado para guarnecer, durante os dez dias da festa, uma barraca de cachorro quente localizada em frente ao Cecontu. Todos os dias, a partir das 5 horas e 30 minutos, ele assume a responsabilidade da barraquinha, que mesmo fechada precisa de cuidados para não ser furtada. A jornada de Guasselli só termina às 18 horas, quando a movimentação nas barracas inicia.
- Às 18 horas eu pego a minha bicicleta e vou para casa. Moro longe daqui. Pedalo mais de oito quilômetros, mas vou feliz por saber que estou garantindo comida na mesa - comenta ele.
Antes de perder o emprego Guasselli trabalhava como servente de pedreiro e explica que foi despedido por falta de trabalho.
- Fiquei de receber o seguro desemprego, mas a empresa não pagou. Recorri ao Ministério de Trabalho. Eles acertaram uma papelada para mim poder receber. Mais de 35 dias se passaram e eu nem vi a cor do meu dinheiro - lamenta.
Enquanto não recebe, a alternativa do ex-servente é procurar bicos para sobreviver.
- Procuro bicos de jardinagem, cuido de carros nas ruas, faço o que eu posso.
Quando interrogado sobre as perspectivas de vida Guasselli disse que seu sonho é ganhar na mega-sena.
- Se eu conseguisse ganhar eu iria ajudar toda a minha família, meus irmãos e, é claro, daria uma vida melhor às minhas filhas - declara.
Emocionado o senhor diz que mais uma vez vai passar o dias das mães longe de quem gerou a sua vida. Ela mora em Lages e a última vez que a viu foi há dois anos e por intermédio de carona.
- Minha família é toda de lá. Um dia peguei carona com um vizinho que estava subindo a serra e fui lá ver minha velha. Mas agora não tenho condições. A passagem é muito cara e se já vivo de bicos não tenho mesmo condições de vê-la.
Ele finaliza dizendo que “graças a Produsul” conseguiu garantir uma jornada fixa de trabalho, ainda que por poucos dias.
- É muito bom levantar cedo e saber que tenho onde trabalhar.

Por trás da Produsul

POR LORIDANA SATURNINO

A abertura oficial da Produsul 2006, a maior feira-festa da região Sul, ocorreu no dia doze de maio às vinte horas e trinta minutos, em Tubarão. Na manhã seguinte do primeiro dia de festa, as pessoas da organização já estavam arrumando tudo para a próxima noite.
A zeladora Maria Aparecida de Aguiar da Silva trabalha há três anos na Produsul e tem o emprego provisório como principal fonte de renda, pois ela não possui outro trabalho.
- Começo às sete horas da manhã, todos os dias. Limpo o chão e ajudo na limpeza do banheiro também - disse Maria Aparecida.
- Somos em oito mulheres - completa.
Há quinze anos trabalhando no evento, a zeladora, que cuida da limpeza, já achou dinheiro e alianças no chão. Segundo Aparecida o aumento de dias de festa em relação ao ano passado “é bem melhor pois trabalho mais dias e com isso consigo um dinheiro a mais para ajudar nas despesas da casa” contou.
O casal Caus trabalha para a empresa Pipi Móvel e limpa os banheiros móveis do evento. Joanilce Caus, foi contratada pela empresa provisoriamente para trabalhar na Produsul.
- O público é relaxado - falou Joanilce.
Seu marido, Valério Caus, é fichado na empresa há três anos.
- A manutenção dos banheiros é feita uma vez por dia, trabalham na limpeza sete pessoas, sendo que três trabalham de manhã e quatro à noite - disse Caus.
- Fico direto no evento, mas só trabalho das seis horas da manhã até o meio dia, isso todos os dias - completa.
O segurança das barraquinhas, Nilton Teixeira, trabalha há três anos na Produsul. Ele fica das sete horas da manhã às sete horas da noite.
- Cuido das barraquinhas para ninguém incomodar os donos delas, eles dormem dentro para cuidar do que é deles - disse Teixeira.
Nas dezesseis edições já realizadas, a Produsul recebeu cerca de 1,9 milhão de visitantes e gerou cerca de vinte mil empregos diretos. No dez dias de festa desse ano, a expectativa é superar a edição passada.

segunda-feira, maio 15, 2006

Uma oportunidade de trabalho.

POR DANIELI ANTONELLO

Por trás do show de som e luzes tem muito trabalho pesado. Talvez quem visite a Produsul 2006, que está sendo realizada no Centro de Convenções de Tubarão (Cecontu), em Tubarão, nem imagine a quantidades de profissionais que colabora para que a feira atinja os objetivos esperados. São recepcionistas, seguranças, operadores de máquinas, garis, faxineiras, catadores de lixo e tantas outras atividades que são importantes para a realização da feira.
Mônica da Silva e Rosemeire Máximo trabalham na equipe que mantém a recepção aberta 24 horas. É ali que as principais informações são obtidas e quatro pessoas se revezam em turnos de seis horas.
Dentro da feira, também podem ser encontrados outras profissionais como as faxineiras Eliane Fernandes – que trabalha pelo segundo ano consecutivo - e Maria Aparecida de Aguiar da Silva - que há 12 anos trabalha na feira.
No início da manhã de sábado, dia seguinte a abertura oficial da Produsul, Maria Aparecida estava recolhendo lixo deixado pelo público que assistiu ao show da cantora Pitty. Ela contou que tinha acabado de encontrar uma nota de R$ 10,00 no chão, bem como tantos outros objetivos que já havia encontrado durante esses anos de feira, como brincos, bonés e até alianças.
A Produsul conta ainda com uma equipe de seguranças com cerca de 150 homens que se revezem durante a feira e os shows. Um deles é Nilton Teixeira. Ele relata que nunca aconteceu nenhum problema sério em relação a roubos ou furtos nos três que vem trabalhando na feira,
- O que eu posso fazer pela segurança da feira é não permitir a entrada de pessoas estranhas durante o dia e no período da noite observar o comportamento das pessoas, para perceber se pode haver ou não alguma briga ou confusão- explica.
Dentro da feira, há uma equipe da manutenção dos banheiros móveis, que são em torno de 80 em toda a Produsul. Uma equipe de oito pessoas se revezam para a manutenção feita uma vez por dia e a limpeza a que é realizada de acordo com a necessidade.
Em relação ao parque de diversões Diego Mello, organizador e operador de alguns brinquedos, diz que o movimento do primeiro dia foi fraco, mas acredita que durante os nove dias de feira ainda irá melhorar. Mello relata que o parque fica aberto das 14 horas até à meia noite, horário em que os portões dos shows são abertos aos público. O pavilhão central da feira, onde ocorre a Feira da Industria e Comércio (Feincos), também fecha à meia noite.

Simples profissionais garantem a festa

POR FILIPE CASAGRANDE

A festa da Produsul 2006 em Tubarão, teve a abertura de suas festividades na sexta-feira (12/05) com o show da cantora baiana, Pitty. Para o público, a primeira noite foi acompanhada de muito rock e agito. Muitas pessoas que compareceram o evento e irão retornar para os shows dos próximos dias, não repararam como foi encontradon a limpeza do local onde está instalado o eventoa à Produsul, no Centro de Convenções de Tubarão Adhemar Paladinio Guidi – CecontuECONTU. Para que a festa continue, uma série de profissionais trabalham arduamente, para receber o público num local limpo e organizado.
A funcionária da limpeza, Maria Aparecida Aguiar da Silva, trabalha há 12 anos na Produsul, o que não significa que ela participou de 12 edições da festa, pois teve ano que o show evento não foi realizadoaconteceu. Ela diz que para deixar o local limpo, o trabalho começa 6h:30min da manhã e não tem hora para terminar. Ela costuma deixar o local, somente depois de tudo quando o mesmo estará em condições para receber o público da próxima noite de shows.
Segundo Maria, eEm todas as edições da Produsul, ela sempre encontra algo de valor ou curioso, durante suas varreduras no pavilhão.
- “Já achei dinheiro, celular, inclusive aliança. De certo, as pessoas querem ficar tudo solteiras pra poder se soltar no show - ” afirmou Maria, imaginando de quem seria aquela aliança.
Para a funcionária da limpeza, responsável pela higiene nos banheiros, Joanilce Kaus, o trabalho é mais árduo. Ela começa a trabalhar às 6 horas da manhã e também não tem hora pra acabar.
- “O público, em geral, é porco. Deixam muitas sujeiras nos banheiros. Tem banheiros que ficam em estado lamentável - contou” afirmou Joanilce.
Segundo o funcionário de manutenção, da empresa Pipi Mmóvel, Valério Kaus, já chegaram a arrancar as tampas dos vasos sanitários.
- “Como a empresa é terceirizada, esse prejuízo acaba ficando nas contas da Produsul -” comenta Kaus.
Os comerciantes que vendem comidas e bebidas, para abastecer quem está se divertindo, geralmente vêem de longe e aproveitam para trazer uma barraca para dormir ao lado do estabelecimento. Segundo oO trabalho do segurança do local, Nilton Teixeira, é preciso deixá-los seguros.
- “Eles vem de Jacinto Machado, Criciúma, Laguna, entre outras cidades, para vender seus lanches na Produsul. Pra não ficar indo e voltando, eles dormem nas suas barracas, aqui mesmo. Então eu cuido pra ninguém ficar batendo do estabelecimento deles, para não acordá-los - explica”.

Recomeçar é preciso

POR DAIANI CHAVES

Depois da festa o que resta é sujeira, e um novo dia de trabalho para que tudo esteja pronto para a próxima noite. O dia começa cedo, mal as pessoas estão saindo do evento e outras já estão chegando o pessoal dapara fazer a limpeza. É sempre assim nas noites da Produsul RODUSUL de Tubarão.
Dona Maria Aparecida da Silva trabalha há três anos no evento, e além de trabalhar fazer na limpeza participa dos shows sempre que pode.
Sete horas, é o inicio de uma preparação para a próxima noite, montagem do palco, limpeza dos banheiros e do pátio.
Aliáas os banheiros são sempre os mais difíceis de limpar, por isso nessa edição da ProdusulRODUSUL além das pessoas que limpam no dia seguinte foram contratadoseles contam com funcionários para a manutenção durante os shows.
Ainda oOutros como seu Nilton Teixeira, que trabalha há três anos no evento, têm a obrigação de resguardar a paz daqueles que passaram a noite trabalhando. , sSim, pois a maioria dos comerciantes pessoal que tem barraca na Produsulo evento dorme ali mesmo, para não correr o risco de serem assaltados, pois já que elas barracas são cobertas somente por lona.
O evento ainda conta com 150 seguranças se revezando noite e dia, assistência medica e policial.
A Produsul ocorreRODUSUL acontece de 12 a 21 de maio. , Sserão dez dias de muitos shows e oportunidades de trabalho para muitos setores.

sábado, maio 13, 2006

Mais um dia de trabalho

POR FRANCIELE FERNANDES

Apesar dos shows da Produsul acabarem por volta das cinco horas da manhã, muitas pessoas ficam até tarde fazendo arrumações e limpando o local para o próximo dia do evento.
- Vou trabalhar todos os dias. Chego aqui as sete da manhã e vou embora por volta das duas horas da tarde. É o segundo ano que trabalho. É uma renda extra que entra para o orçamento da família - declara a empregada doméstica Eliane Fernandes.
Já a recepcionista Mônica da Silva salienta que está trabalhando desde o início da Produsul. - Somos em quatro pessoas e fizemos revezamento pois a recepção fica aberta 24 horas. Essa noite a feira fechou a meia noite e só os portões que ficaram abertos até as cinco horas da manhã por causa do show - explica Mônica.
Maria Aparecida de Aguiar trabalha há 12 anos na Produsul e fala que já encontrou muitas coisas de valor como aparelho celular, dinheiro e jóias.
- Uma das coisas que mais acho é dinheiro, também já achei muitas alianças - conta.
Maria também destaca que está desde a uma hora da tarde de sexta-feira (12/5) trabalhando.
- Cheguei aqui à uma hora da tarde de ontem (sexta-feira) e só fui embora à meia noite. Já estou aqui desde cedo (sábado). É uma correria, mas tem que limpar para o show de hoje a noite, mas gosto do que faço - ressalta.
Depois dos shows uma das principais atividades dos funcionários é deixar tudo limpo para o próximo dia. Muitos funcionários, dentre eles seguranças e zeladores, trabalham desde cedo para o conforto do público.
Uma das principais reclamações dos funcionários é a falta de educação dos visitantes.
- Eles quebram os banheiros. É muito estranho, ao invés de eles aproveitarem o show, ficam destruindo. Fica ruim porque a organização da Produsul tem que bancar, mas fora isso é um evento muito bom - diz Valério Caus responsável pela limpeza dos banheiros.

Produsul gera diversão e trabalho

POR DENISE MAURÍCIO

A Produsul, considerada o maior evento tradicional de negócios e entretenimento de Santa Catarina, que é realizada na cidade de Tubarão, sem dúvida gera empregos e entretenimento para a região Sul. Este ano o evento inova, aumentando a quantidade de dias e shows. Os portões que dão acesso aos shows são abertos à meia-noite e somente fechados às 5 horas. As milhares de pessoas esperadas para os dez dias de festa contam com uma estrutura de lanchonetes, seguranças e banheiros.
Mas não é somente os visitantes que circulam pela feira, pois a Produsul gera mais de 1500 empregos diretos. Pessoas como Mariângela Vieira que trabalha há 3 anos no evento. Ela comenta que adora muito o que faz, com a rotina diária das 7 às 14 horas e das 19 às 24 horas. Nesses dez dias ela consegue reforçar o orçamento da família.
- É muito bom trabalhar aqui, eles nos dão o almoço e pagam bem, sempre peço férias para a minha patroa, pois assim posso trabalhar no evento. Ganho mais do que se estivesse trabalhando em casa de família - afirma.
O evento conta com mais de 150 seguranças diários e para as noites de shows, conta com a presença da Polícia Militar. O segurança Arilto Souza Domingos, um dos mais antigos da Produsul, afirma que apesar de um grande público passar pelo evento, nunca viu casos de pessoas que se esconderam nos pavilhões para não pagarem ingressos para assistirem aos shows.
- Acho que as pessoas já saem conscientes de casa, pois nunca tivemos problemas de pessoas que se esconderam, ou quiseram entrar no camarim sem serem convidadas. Acho que a segurança não deixa espaço para isso - acrescenta.
Os profissionais de limpeza afirmam que acham muitos objetos pessoais. A faxineira Maria Aparecida da Silva, que trabalha há 12 anos na feira, já encontrou muita coisa.
- Sempre encontro dinheiro, celular e bastante aliança, acho que as pessoas querem ficar solteiras. Hoje acabei de encontrar R$ 10,00. É muito fácil de encontrar essas coisas aqui - disse.

Eles não se divertem

POR LAURA PERUCHI

Os portões de acesso à Produsul abrem diariamente às 14 horas e os shows ocorrem à noite. Apesar disso, várias pessoas revezam o trabalho o dia todo, para que o público encontre o local em ordem – limpo, organizado e seguro. É o que foi observado nesse sábado (13/5), dia seguinte à abertura oficial do evento.
Mônica da Silva e Rosimeri Máximo são um exemplo. Elas trabalham na recepção, que funciona 24 horas por dia, dando informações, atendendo telefonemas e vendendo ingressos.
- A abertura do evento superou as expectativas - disse Rosimeri, que vai trabalhar todos os dias, revezando com três pessoas.
As recepcionistas informaram que o show mais aguardado pelo público é o da banda Creedence Clearwater Revisited (sábado – 13/5). Para a atração internacional a organização espera um público de 25 mil pessoas. As recepcionistas ainda disseram que para o show do grupo O Rappa (domingo – 14/05), o número de policiais foi reforçado.
Durante a manhã, horário em que os portões encontram-se fechados, não há movimentação de público. Entretanto, o segurança Nilton Teixeira cuida da vigilância das pessoas que trabalham nas barracas de quitutes, para que não sejam incomodadas. Essas pessoas trabalham a noite inteira e descansam durante o dia, dormindo nas próprias barracas, já que vêm de outras cidades, como Criciúma, Laguna e Jacinto Machado. É o terceiro ano que Teixeira trabalha na Produsul, numa jornada que vai das 7h00 às 19h00.
Há quem seja “veterano” trabalhando no evento, como Maria Aparecida Aguiar da Silva. Faz 12 anos que ela trabalha na limpeza, começando às 6h30min manhã. Durante todo esse tempo ela já encontrou vários objetos que as pessoas perdem durante os shows como celulares, brincos e alianças. Momentos antes da entrevista, ela havia encontrado 10 reais. Maria ainda informou que todo o lixo recolhido é levado para reciclagem na localidade de Taquaraçu, no CTG do Tio Preto.
Além da área de movimentação de pessoas, os banheiros tomam atenção especial da equipe de limpeza. Janilce Caus trabalha nessa parte, durante todos os dias do evento, juntamente com seu marido, Valério Caus. A manutenção é feita uma vez por dia. Valério declarou que já aconteceram coisas inusitadas, como tampas de vasos serem arrancadas.
A abertura da Produsul aconteceu na sexta-feira, 12 de maio com o show da cantora Pitty e o encerramento é dia 21, domingo. Os stands são abertos à visitação durante todos os dias da festa, a partir das 14 horas e os shows ocorrem geralmente a partir da meia-noite.

Pauta: O dia seguinte

A abertura oficial da Produsul 2006 foi ontem. A festa atrai um grande público para os seus shows e eventos paralelos. Mas muita gente não está lá para se divertir. Muitos empregos temporários são gerados nesta época. O evento termina sempre de madrugada, mas tudo tem que estar pronto para o dia seguinte para a abertura dos portões. Vamos até lá conferir e contar o que acontece no dia seguinte. Vamos contar as histórias de quem já está trabalhando para deixar tudo em ordem. Vamos ficar atentos aos detalhes!

quarta-feira, abril 05, 2006

Rotina da Rodoviária de Tubarão

Os textos que seguem abaixo foram desenvolvidos pelos estudantes de jornalismo no dia 1º de abril e contam partes da rotina do Terminal Rodoviário de Tubarão - SC.

Historias que fazem rir e chorar

POR LORIDANA SATURNINO

O Terminal Rodoviário de Tubarão José Guizoni, possuí a Lanchonete Rodoviária que foi inaugurada em 2001. Segundo a funcionária Nislaine Cristina da Silva, de 27 anos, que trabalha na lanchonete desde que ela abriu, já aconteceram muitas situações engraçadas.
- Teve uma vez que chegou um rapaz em um sábado na lanchonete e disse que tinha sido assaltado por uma amiga. A amiga tinha roubado 300 reais e ele falou que ia atrás dessa amiga quebrar ela toda e pegar o dinheiro de volta. No domingo ele voltou à lanchonete falando que tinha conseguido pegar o dinheiro roubado com a amiga e que tinha quebrado ela toda. Ele comeu um monte e gastou em torno de dez reais. Pediu um x-salada e falou que ia ao banheiro, mas era tudo mentira, ele não tinha ido ao banheiro e estava fugindo para não pagar a conta. Fui atrás dele e ele estava disfarçando no orelhão para não ser reconhecido. Avisei para ele ir lá pagar a conta e ele foi, só que ele não tinha dinheiro para pagar. Pedi para ele deixar algo de valor, ele querendo dar o golpe, deixou uma carteira que não tinha nada dentro - contou Nislaine.
A funcionária diz que os ciganos, que estão sempre pela rodoviária, são os que mais incomodam. Eles comem, bebem e na hora de pagar a conta eles nunca têm dinheiro. Ela sempre chama a polícia para tirar os ciganos porque eles só enrolam.
- Uma vez uma cigana bebeu muito e depois começou a chamar um monte de palavrão, quando a polícia foi lá para resolver o caso, a cigana rapidinho pagou a conta e se mandou - lembrou .
- Teve uma vez que uma moça entrou correndo na lanchonete, sem os sapatos, gritando apavorada que o namorado queria matá-la. Os funcionários da lanchonete assuntados a colocaram no banheiro e o namorado queria pegar ela a todo custo. Chamaram o policial e então o suposto namorado falou que ela era uma moça de rua e que havia lhe roubado e estava mentindo tentando fugir dele - comentaou.
Em outra situação o problema surgiu com alguns meninos que freqüentam a danceteria Hangar, que fica em frentea rodoviária. Antes de entrar na danceteria eles foram à lanchonete comprar cigarros e bebidas. Nislaine falou que foram um dos poucos que conseguiram fugir sem pagar.
Mas nem sempre as situações são de furtos ou pessoas que não querem pagar a conta. Nislaine lembra também de histórias comoventes.
- Uma vez chegou uma moça sentou no balcão e pediu uma água, uma das funcionárias viu que a moça estava passando mal e disse para eu ir vê-la. Quando fui falar com a moça, ela desmaiou. Pedi ajuda e a colocaram deitada no chão, a moça me pediu para ligar para a mãe dela avisando do ocorrido. A mãe falou que ela estava fraca porque fazia três dias que ela não comia - disse.
A Lanchonete Rodoviária funciona 24 horas por dia, sendo quem os nove funcionários que ali trabalham se revezam em três turnos.

domingo, abril 02, 2006

Cerca de 15 mil pessoas passam todo mês pela rodoviária de Tubarão

POR GIOVANNI COSTA

O Terminal Rodoviário Interestadual / Intermunicipal de Tubarão foi inaugurado há seis anos. A construção do, prédio, localizado na Avenida Padre Geraldo Spettman 772 – Bairro Humaitá, custou aproximadamente 1,6 milhão de reais, quantia esta, dividida entre a Prefeitura Municipal e a Família Silva – empresa que gerencia o Terminal Rodoviário desde a sua inauguração.
Funcionando 24 horas, sete dias por semana, contando com três empresas de transportes e uma média de circulação mensal de 15 mil pessoas, torna-se notável a necessidade da prudência na gerencia dos serviços, incluindo a segurança dos civis e do próprio local. Segundo a administradora e também funcionária mais antiga da Rodoviária, que trabalha no setor há 23 anos, Dilcélia Leopoldo Monteiro disciplina é fundamental para manter a ordem.
- Tanto para as empresas que prestam os serviços de transporte rodoviário, como para nós, que gerenciamos o local, sempre foi usado como critério a organização e a responsabilidade para proporcionar segurança e satisfação às pessoas que embarcam ou desembarcam aqui no nosso Terminal – disse.
A infra-estrutura do local conta com amplo estacionamento, rampas e banheiros para deficientes físicos, posto policial para manter a segurança dos civis e também do local, pequenas lojas com revistas, livros e artigos para presentes e duas lanchonetes.
Para muitas pessoas a rodoviária é só um local de passagem, mas para outros é onde se passa a maior parte do dia. Um exemplo disso são os atendentes das lojas e agências de viagens e também a própria administradora do local, que passa o dia todo atendendo pessoas e resolvendo problemas.
- Geralmente são: bolsas e relógios perdidos. Quando alguém perde um documento e ele é posteriormente encontrado, nós encaminhamos diretamente a polícia para que ela tome as providencias cabíveis, nos isentando assim de qualquer problema - explica.

Número de seguranças poderá crescer no Terminal Rodoviário

POR TAIS PACHECO

Apenas um guarda noturno e guarnição da Polícia Militar (PM) de Tubarão. Esse é o quadro de segurança do Terminal Rodoviário José Ghizoni, localizado na Avenida Padre Geraldo Spettman no bairro Humaitá, em Tubarão.
O fluxo de pessoas que passam pelo local diariamente chega a cerca de 500 passageiros. Apesar do movimento funcionários, administração, comerciantes e passageiros em geral sentem-se seguros.
Segundo a prestadora de serviços da administração do Terminal, Dilcélia Leopoldo Monteiro, desde 2000, ano em que o local entrou em funcionamento, foram poucos os casos de furto e ocorrências policiais.
- Os fatos que aconteceram foram isolados. Nada que pudesse alarmar a população em geral - comenta.
- Houve uma vez em que algumas carteiras foram batidas, mas o problema foi resolvido é tudo voltou ao normal - acrescentou.
Dilcélia conta ainda que a administração do local estuda a possibilidade de montar um esquema especial de segurança. Ainda não há previsões de ser instalado.
- Com o passar do tempo o fluxo aumenta e para evitar o pior, a idéia de um esquema de segurança foi lançada. O fato de alguém fardado estar circulando no local já dá às pessoas uma certa segurança e aos bandidos um sinal de receio - finaliza.
Dentro do próprio Terminal Rodoviário há um posto da PM que foi inaugurado há cerca de um ano e dois meses. O posto conta com quatro policiais que se revezam nos trabalhos de guarda diariamente. O cabo Jéferson Luiz conta que assim que o posto foi instalado o número de ocorrências era maior. O principal motivo, segundo ele, seriam os acampamentos de ciganos localizados próximos à rodoviária.
- Ainda assim o número não era tão grande - lembra.
Sobre a possibilidade de um novo esquema de segurança o dono de uma loja instalada no terminal, Tiago Mendes diz que seria ainda melhor.
- Tubarão é uma cidade calma na questão de segurança. Se já me sinto bem agora, com certeza ficaria ainda mais tranqüilo se tivesse mais alguém realizando rondas na parte noturna - declara o comerciante.

sábado, abril 01, 2006

Entre calotes, sugestões e queixas

POR FRANCIELE FERNANDES

O Terminal Rodoviário de Tubarão José Ghizoni foi construído na Avenida Padre Geraldo Spettman, 772, bairro Humaitá e inaugurado em 2001. O objetivo foi melhorar o atendimento no setor de transportes, para os passageiros de Tubarão e da região Sul.
Hoje o Terminal conta com treze empresas de ônibus, internas e externas da cidade de Tubarão. Por ele passam diariamente cerca de 550 passageiros.
Segundo a prestadora de serviços administrativos da rodoviária de Tubarão Dilcéia Leopoldo Monteiro os passageiros fazem poucas reclamações sobre o atendimento.
- Nunca tivemos reclamações fortes do atendimento dos funcionários, mas sempre tem pessoas que nos procuram para dar sugestões e algumas reclamações. Mas nada fora do normal. Além das empresas da cidade e municípios vizinhos também temos empresas de outros Estados que somente passam para desembarque” acrescenta.
Alguns dos funcionários da empresa destacam que existem muitas pessoas que não gostam de pagar passagem e fazem alguns escândalos.
- Certa vez uma mulher estava com duas crianças e não queria pagar passagem, dizendo que era um absurdo cobrarem de crianças, e fez um ‘barraquinho’. Mas fora isso nada de anormal, pois não temos de observar os fatos, estamos sempre ocupadas com alguma coisa, as vezes ficamos sabendo pelos outros funcionários o que aconteceu. As pessoas também brigam muito quando perdem o ônibus por minutos. Eles falam um monte, até falam que vão processar a empresa, é muito engraçado” comenta a Agente Rodoviária Cláudia Michele Medeiros.
Já o taxista Sandro Domingos, que trabalha desde março de 2001 na rodoviária, revela que desde que ele entrou ali não teve muitas mudanças.
- Está uma coisa monótona, não muda nada, a administração faz sua parte mas deveria fazer outras coisas, trazer mais recursos para a rodoviária - sugere.
- Sobre clientes a única coisa que mais acontece é eles fazerem a corrida de táxi e não querer pagar. Já houve casos de cliente não pagar mesmo e até ameaçar – conta Domingos.
O Terminal José Ghizoni, funciona 24 horas por dia, sendo que algumas empresas fecham em horário comercial, e algumas delas fazem revezamento de turnos.

Alimentando a fome passageira

POR ARTHUR LESSA

O Terminal Rodoviário Municipal José Ghizoni, foi inaugurado no dia 15 de novembro de 2000. Ele é administrado pela F. Silva Construções e Administração. A empresa venceu a licitação e ficará responsável pela exploração comercial do prédio por um período de 25 anos. O terminal é localizado na rua Padre Geraldo Spettman, bairro Humaitá. Entre os diversos pontos comerciais que funcionam dentro do terminal, estão as lanchonetes.
Elisete Goulart, que trabalha na Rodoviária desde a sua inauguração, tinha uma sociedade com. com a proprietária da Lanchonete Rodoviária. A empresária, de 39 anos, era sócia de sua prima Marilene da Silva, de 43 anos. Em meados do ano passado, resolveram desfazer a sociedade. Como haviam comprado duas áreas comerciais no terminal, Elisete montou a sua cafeteria no local que permanecia em desuso. Surgiu então a Lanchonete Geração II, que está em funcionamento desde setembro de 2005.
Ela começou a trabalhar com lanchonetes quando vendeu o estabelecimento comercial que tinha aqui e foi tentar a vida em São Paulo, onde seu marido tem família. Assustada com a violência da metrópole e preocupada com a segurança de seus dois filhos, Elisete resolveu voltar para Tubarão, depois de cinco anos. Seu marido ainda permaneceu na capital paulista administrando a lanchonete do casal, alimentado esperanças de que ela voltasse atrás em sua decisão. Como Elisete estava irredutível, ele vendeu o estabelecimento e também voltou.
- É melhor de ganhar dinheiro lá. Mas não vale a pena com tanta violência - afirma a empresária.
Um dado interessante é o fato das duas lanchonetes do terminal trabalharem em rodízio. No dia em que uma fica aberta das 7h às 23h, a outra trabalha por 24 horas.
Além da Geração II, na rodoviária, Elisete ainda administra a praça de alimentação da Feinvest e tem uma lanchonete na cidade de Tubarão, chamada Geração.

Sanitários precisam ser melhor utilizados

POR EDNILSON PERDONÁ

Viajar e ser obrigado a esperar a condução numa rodoviária é para muita gente algo que requer paciência. E para que esse esperar não seja muito estressante, o ambiente deve ser adequado para o bom atendimento. É a lanchonete para um cafezinho, uma loja de variedades e principalmente oferecer sanitários para o uso das pessoas em situações, que nem sempre estão programadas.
No terminal rodoviário José Ghizoni em Tubarão, as possíveis opções foram planejadas e o local dispõe de lanchonetes, lojas e principalmente quatro sanitários.
Eles estão disponíveis para o uso de quem trabalha ou que se serve do ambiente ao anteceder suas viagens. Recebem cuidados dentro de uma rotina higiênica que é mantida diariamente através do trabalho realizado por uma zeladora.
Jucelina, funcionária responsável pelo serviço, diz que os sanitários são diariamente usados de forma gratuita por aproximadamente cerca de 400 pessoas. Ela espera que o usuário ajude a manter os sanitários limpos.
- E isso não é difícil, basta pensar naquelas pessoas que também vão usá-los depois - disse.
Uma outra situação que deixa Jucelina preocupada é o estado das portas pelo lado de dentro de cada unidade do sanitário. Isso lhe desagrada ao dizer:
- Fica feio e não é legal que nossos usuários estraguem a pintura das portas. Elas estão quase todas sujas com tantas palavras feias ali escritas. E isso é constantemente percebido - conclui.
Para Alcinei, funcionário da empresa Santo Anjo , o usuário dos sanitários não tem consciência de que precisa manter o local limpo e utilizá-lo adequadamente.
- No final do dia, tenho pena de quem faz a limpeza. Parece que as pessoas não pensam em quem limpa e cuida disso aqui. Os papeis usados são jogados fora da lixeira e isso fica muito feio e desagradável - diz.
O terminal rodoviário José Ghizoni de Tubarão está localizado na Rua Padre Geraldo Spettman, 772 e funciona diariamente 24 horas.